Nova Gente: ' O meu País, Portugal'

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Tenho em mim que somos mais que o local onde nascemos, mas é inegável que crescemos com factores culturais, sociais e económicos do país que chamamos lar. Eu, por mais que haja a melhorar, adoro este pedaço de chão, céu e mar a que chamamos Portugal.
 
Portugal, composto por vários microclimas, tendo serras, planícies e um mar generoso, dois arquipélagos que unem dois continentes, acolhedor de uma população generosa, com um sorriso magnífico, trabalhadora e honesta, tem, como todos os outros países, profundos problemas. Um dos nossos, e pela sua persistência, chama-se corrupção.
 
Este fenómeno, não exclusivo dos Portugueses, muito menos da classe política nacional, tem assombrado a vida pública e manchado a credibilidade das instituições democráticas. Este manto é uma das armas da extrema direita que vincula com o populismo, não pela coerência da sua prática como vemos em tantos casos pela União Europeia e pelo Mundo fora, a ideia que são eles os salvadores da ética, da moral e da integridade pública.
 
É claro que o descontentamento é, e muito bem, justificado, mas esta ideia que quem bebe dos grandes grupos económicos, que promove o mesmo modelo económico e social, que é adverso a medidas de transparência pública e privada, que cria buracos legislativos para sua salvaguarda e que, empiricamente, bloqueia uma transformação das instituições supranacionais para combater fenómenos como a evasão e elisão fiscal, nada mais tem a oferecer aos cidadãos que chavões.
 
Assim, para não cairmos na armadilha do extremismo temos que transformar politicamente o tecido social, económico e cultural. Devemos promover desde tenra idade o combate a estes fenómenos erosivos da democracia, tal como legislarmos para garantir mais mecanismos de transparência, responsabilização e penalização para que quem gira os destinos do país, ou tenha grande influência económica, perceba a relevância de cumprir o desígnio universal de todo e qualquer país que é servir os seus cidadãos.

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