Nova Gente: ' A importância da Organização das Nações Unidas'

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Na semana passada mostrei o meu apoio ao Secretário Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. Hoje defendo a instituição supranacional.

É certo que a ONU não é uma instituição perfeita, mas esta representa uma superação dos nacionalismos bacocos firmando que a cooperação e o multilateralismo trazem muito mais de positivo que o inverso. Quem está nestas arenas geopolíticas também sabe do impacto e influência de grandes doadores da ONU e a sua restrição em termos de resoluções vinculativas sobretudo quando se considera o disfuncional Conselho de Segurança. Este último é composto apenas por 15 membros sendo que 10 destes possuem um mandato de dois anos e são votados na Assembleia Geral da ONU e apenas 5 (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) são permanentes e têm direito de veto.

Porém no meio das disfuncionalidades existe um caminho de paz e um espaço de diálogo com todas as nações (mesmo muitas delas sendo autocráticas e despóticas). É aqui, neste projecto de superação das limitações nacionalistas e individualistas, que surge a diferença.
Denote-se que o multilateralismo pode-se ver nas relações de vários núcleos familiares, comunitários e mesmo no tecido empresarial. Este não se dissocia da vertente política, muito pelo contrário. A ideia tribalista que podemos prosperar sem considerar nos nossos vizinhos, que são, inerentemente, diferentes é pertença de um cérebro primitivo. E é nessa primitividade que muitos movimentos extremados, políticos, cívicos ou paramilitares, prosperam. A ONU, com todos os seus defeitos, é ainda uma plataforma onde as nações, se representam e debatem temas de interesse comum, como a gestão dos oceanos, o combate às alterações climáticas, conflitos geopolíticos, entre outros.

E não nos esqueçamos que a maioria dos movimentos de extrema direita, não apoiam, e querem mesmo que se dissolva a ONU. Porquê? Pela sua importância global de não se focar unilateralmente em poderes instituídos e nacionalistas.
 
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