Francisco Guerreiro vota contra a Lei Europeia do Clima

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Bruxelas, 24 de junho de 2021 - O eurodeputado Francisco Guerreiro e os Verdes/Aliança Livre Europeia (Verdes/ALE) – grupo a que pertence no Parlamento Europeu – votaram contra a Lei Europeia do Clima, aprovada hoje em sessão plenária. 

“Este acordo desconsidera os alertas da ciência e não atende aos objetivos do Acordo de Paris sobre o Clima. O que ouvimos dos partidos tradicionais europeus é uma lavagem de consciência irrealista e a destruição dos ecossistemas e da biodiversidade continuará neste modelo económico e social consumista” alerta o eurodeputado. 

A Lei Europeia do Clima consagra na lei as metas de redução de emissões e outros esforços exigidos pela União Europeia (UE) e pelos seus Estados-Membros nesta década crucial para o clima. Porém, o eurodeputado e os Verdes/ALE consideram que as metas reais de redução de emissões são, efetivamente, de apenas 52,8% e não são suficientes nem para atingir as metas climáticas de Paris.

Francisco Guerreiro defende ainda que o pacote ‘Fit for 55’ será uma oportunidade para a União Europeia se aproximar das metas climáticas do Acordo de Paris antes da cimeira do clima da COP26 de novembro.  

“Nas próximas negociações, o grupo dos Verdes/ALE lutará para garantir que o Pacto Ecológico Europeu seja socialmente justo para pessoas, famílias e empresas num futuro livre de combustíveis fósseis e em que todos os sectores, incluindo o agrícola e piscatório, se tornem descarbonizados” declarou o eurodeputado. 

A Lei Europeia do Clima foi aprovada no Parlamento Europeu com 442 votos a favor, 203 contra e 51 abstenções. 

Influência dos Verdes/ALE na presente Lei Europeia do Clima 

Os Verdes/ALE foram fundamentais para obter a primeira lei climática da UE. A criação de um conselho científico independente da UE sobre o clima e a promessa de um orçamento de gases do efeito de estufa da UE para o pós-2030 foram dois dos principais pedidos do grupo. 

O grupo saúda o acolhimento destas medidas como parte do pacote final da Lei Europeia do Clima, o que servirá, pelo menos, para reforçar o papel da ciência na tomada responsável de decisões políticas.

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