Covid-19: 240 ONG pedem à OMS o fim dos mercados de animais exóticos

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Lisboa, 7 de Abril de 2020 – Mais de 240 Organizações Não Governamentais enviam carta à Organização Mundial de Saúde a exigir o fim dos mercados de animais exóticos e maior precaução com a sua comercialização.

Várias ONg's de todo o mundo enviaram uma carta ao Diretor Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, e ao Coordenador da Unidade de Medicina Tradicional e Complementar (TCM), Zhang Qi, a pedir que a OMS reconheça que a demanda por animais selvagens e seus produtos derivados são uma das principais causas do surgimento e disseminação de doenças zoonóticas, afigurando-se como um grave risco para a saúde global. 

As principais exigências das ONG à OMS são:

• Recomendar aos governos de todo o mundo que instituam uma proibição permanente dos mercados de vida selvagem, estabelecendo um vínculo inequívoco entre estes e as suas ameaças para a saúde humana.

• Recomendar aos governos que abordem os potenciais riscos para a saúde humana do comércio de animais selvagens - incluindo a recolha de seres vivos da natureza, a pecuária, agricultura, transporte e comércio através de mercados físicos ou on-line para qualquer finalidade - e ajam de forma a banir ou limitar tais comércios.

• Excluir o uso de animais selvagens, inclusive de espécimes criados em cativeiro, da definição e endosso da Medicina Tradicional da OMS e rever a Estratégia de Medicina Tradicional 2014-2023 da OMS de forma a refletir essa mudança.

• Auxiliar os governos e liderar uma resposta coordenada entre a Organização Mundial do Comércio, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e outras organizações multilaterais em todo o mundo em atividades de conscientização para informar sobre os riscos do comércio de animais silvestres para a saúde pública, coesão social, estabilidade económica e saúde.

• Apoiar e incentivar iniciativas que forneçam fontes de proteína alternativas para os consumidores de animais selvagens, a fim de reduzir ainda mais o risco para a saúde humana.

Consulta a carta na íntegra, em inglês, aqui:

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