AstraZeneca: Eurodeputados querem saber se há vacinas a circular no mercado negro

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Bruxelas, 27 Março de 2021- Vários eurodeputados questionaram a Comissão Europeia (CE) sobre notícias divulgadas na comunicação social sobre uma inspeção realizada pelas autoridades italianas a pedido da Comissão, onde foi descoberto que a AstraZeneca mantinha 29 milhões de doses da sua vacina na fábrica Catalent em Anagni.

Francisco Guerreiro (Verdes/ Aliança Livre Europeia) é um dos subscritores da missiva.

Os jornalistas noticiaram a descoberta em 24 de Março de 2021. Em 27 de agosto de 2020, a Comissão assinou um contrato com a AstraZeneca para a aquisição de cem milhões de doses de vacina, que deveriam ser entregues até março de 2021.

Em 23 de março de 2021, durante a reunião da Comissão do Controlo Orçamental do Parlamento Europeu, Sandra Gallina, diretora-geral da Saúde e Segurança dos Alimentos da Comissão, declarou que apenas uma em cada cinco unidades de produção da AstraZeneca se encontrava atualmente a produzir vacinas e que havia doses de vacina produzidas por empresas farmacêuticas ao abrigo do contrato assinado com a Comissão a circular no mercado negro.

Face ao exposto, solicitamos à Comissão que responda às seguintes perguntas:

1.    Que medidas tenciona a Comissão tomar contra a AstraZeneca que, além de não ter fornecido o número acordado de doses de vacina, demonstrou um comportamento desleal no que diz respeito às doses mantidas em Itália?

2.    A Comissão realizou inspeções para verificar se os locais de produção da AstraZeneca se encontram efetivamente a funcionar e quais os problemas técnicos que estão a causar a inatividade de quatro dos cinco locais?

3.    Que medidas tenciona a Comissão adotar para combater o mercado negro das vacinas subtraídas aos residentes da UE?

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