Estratégia europeia para as proteínas
Este relatório foi uma oportunidade perdida. A UE está fortemente dependente das importações de proteínas vegetais, especialmente para alimentação animal, uma realidade com muitos impactos negativos, nomeadamente um agravamento da crise climática e da biodiversidade e riscos para a segurança alimentar. Embora o relatório reconheça parcialmente esta situação, não reconhece explicitamente a necessidade de adaptar melhor a nossa produção de proteínas na UE aos nossos recursos naturais limitados, nomeadamente adaptando o sector da pecuária à capacidade da própria UE para produzir proteaginosas e incentivando uma maior produção de proteínas vegetais, e consumo.
Ao apelar a um aumento geral da produção de proteínas de forma indiscriminada, este relatório não consegue responder completamente aos desafios reais.
Novas técnicas genómicas, aditivos para alimentação animal e regulamentações mais fracas sobre biocombustíveis ou nitratos não resolverão esta situação e agravarão a crise ambiental.
Votei contra, obviamente.
Conferência Direito à Mesa - Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Terça-feira, 06 de Maio de 2025
Francisco Guerreiro participa na conferência Direito à Mesa Desafios Jurídicos da Alimentação Vegetal para a Saúde Pública e Sustentabilidade Global, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, na sala de auditório.LER MAIS