
Francisco Guerreiro questiona Comissão sobre o fim das episiotomias
Bruxelas, 8 de março de 2020 – Tendo em vista as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que desaconselha por completo a realização de episiotomias, eurodeputado Francisco Guerreiro (Verdes/ALE) questionou hoje a Comissão Europeia (CE) sobre o fim desta prática.
O eurodeputado pergunta à CE que ações está a promover junto dos Estados Membros, no sector público e privado, para cumprir as mais recentes recomendações da OMS de modo a atingir-se o fim da prática recorrente da episiotomia.
A episiotomia, que consiste numa incisão cirúrgica feita nos tecidos à volta da vulva para facilitar a saída do feto durante o parto, ainda é uma prática comum em países como Portugal onde a taxa de ocorrência está nos 73%.
Vê a pergunta na íntegra, abaixo.
Assunto: Taxas de episiotomias na UE
A União Europeia (UE) tem competências limitadas na esfera da saúde, porém, e concernente à cooperação entre Estados-Membros, cumpre garantir uma harmonização das várias políticas de saúde. A prática reiterada de episiotomias na UE, sobretudo em países como Portugal, com uma taxa de ocorrência de 73%*(1), o segundo país da Europa com a taxa mais alta, segundo o Relatório Primavera 2018, do Observatório português dos sistemas de saúde, demonstra que a literatura científica e as boas práticas para garantir um parto humanizado demoram a efectivar-se.
Mais, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendava, antes de 2018, que a taxa de ocorrência desta intervenção não ultrapassasse os 10%. Actualmente desaconselha totalmente esta prática*(2).
*(1) https://www.europeristat.com/images/Comunicado_imprensa_EUROPERISTAT.pdf
* (2) WHO | WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience
Neste sentido questiono a Comissão que:
1) acções está a promover junto dos Estados Membros, no sector público e privado, para cumprir as mais recentes recomendações da OMS de modo a atingir-se o fim da prática recorrente da episiotomia?
2) considera uma prioridade a prossecução de políticas públicas para partos mais humanizados, em todos os Estados Membros, de acordo com os mais recentes dados científicos?
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