Nova Gente: 'Quem é extremista, quem é?'

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Ultimamente vemos um recrudescimento de nacionalismos de extrema direita. Eles nunca foram solução política, diz a História, mas também não nasceram do nada.

A eleição de Javier Milei, um economista libertário, é mais um sinal de como muitos cidadãos votam numa hipotética alternativa ao sistema vigente. O problema é que, tal como aconteceu no passado próximo, a extrema direita tem tudo menos de libertadora. Milei, por exemplo, entre tantas propostas, quer acabar com o Banco Central Argentino e conceder a sua soberania económica e monetária aos EUA pela implementação do dólar no país.

Já Geert Wilders, líder do partido de extrema direita Holandês, que venceu as eleições, diz que a saída da União Europeia devia ser equacionada. Algo que trouxe uma trágica e amarga realidade económica, social e cultural, ao Reino Unido e que foi gerada pelo populismo e por chavões dos ditos anti-sistema.
Mais, se estivermos dispostos a pesquisar, verificamos que estes grupos extremistas são também financiados e apoiados por quem alimenta o sistema. A clássica narrativa destes extremistas serem anti-sistema serve apenas para galvanizar as massas, mas não bebe da realidade. Muito pelo contrário. Estes grupos de elite que se auto alimentam têm um objectivo claro. Manter o status quo e garantir a expansão do seu poder sobre a maioria.

Mas como frisei no início este descontentamento das massas não vem do nada. Os partidos tradicionais criaram este modelo económico, social e cultural que encurrala a maioria das pessoas em vidas difíceis sem perspectivas de ascensão social, real liberdade económica e integração comunitária. Esta incapacidade de projectar o Mundo para um sistema baseado na educação integral, na independência do cidadãos, famílias, empresas e comunidades, a todos os níveis, alicerçado numa economia justa, equitativa e ecológica, faz com que haja demasiado espaço para a intolerância, a guerrilha social, o desespero. E estes elementos são lenha para o populismo.

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