Nova Gente: ' Férias e Zoomarine'

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Antes de mais desejo a todos os que regularmente lêem esta crónica um feliz período de descanso, se for caso disso, e um agradecimento a todos os que durante o mês de Agosto continuam a trabalhar. Por aqui tirei uns dias junto da família no Algarve. Desde sempre tenho a felicidade de ter a casa dos meus avós paternos, e do meu pai, em Albufeira. E, quem me conhece, sabe que sou um animal de hábitos. Há mais de 35 anos que vou à mesma praia, nos Salgados.

Digo isto porque no outro dia comecei a pensar que frequento há mais anos a mesma praia do que os anos que o Zoomarine tem (31). Mas porque é que estou a fazer esta relação?
Porque na semana passada houve uma manifestação da ONG Empty the tanks (esvaziem os tanques) à frente do Zoomarine contra a exploração de animais sobretudo dos golfinhos. Fui à manifestação com a minha filha mais velha e não pude deixar de ver que a maioria levava as suas crianças para ensinar, acredito, valores de conservação. Mas tudo o que este espaço faz é atribuir uma falsa crença que estes animais são bem tratados. Tal é impossível neste sistema de confinamento forçado.

Imaginem o sofrimento atroz que estes seres sentem ao estarem aprisionados a vinda inteira em pequenos tanques. Digo pequenos porque estes seres em habitat natural chegam a percorrer 100 quilómetros por dia. Mais, dá para perceber que eles são autênticas máquinas, involuntárias, de fazer dinheiro. Se formos ao site do Zoomarine as experiências em grupo com golfinhos são, no mínimo, 100 euros por criança e se tivermos uma sessão privada o preço nem aparece no site. Assumo por ser escandalosamente alto. Se somarmos todas as entradas, merchandising e afins compreendemos que este espaço é, apenas, uma máquina de fazer dinheiro à custa dos animais.

Por isto se desejam mostrar aos vossos filhos como os animais são demonstrem-no no seu habitat natural. Há muitos exemplos de passeios responsáveis em alto mar que respeitam os golfinhos, e outros cetáceos, sem os explorar cruelmente.

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