Comunidades Lusófonas: '2021PORTUGAL.EU: Portugal destaca importância da agricultura familiar para sistemas alimentares sustentáveis'

Comunidades Lusófonas: '2021PORTUGAL.EU: Portugal destaca importância da agricultura familiar para sistemas alimentares sustentáveis'

  • Segunda-feira, 19 de Abril de 2021

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Iniciativa em parceria com Nações Unidas marca presidência portuguesa do Conselho da União Europeia; setor agrícola responde pela produção de mais de 80% dos alimentos do mundo em termos de valor.

O papel da agricultura familiar para promover sistemas alimentares sustentáveis foi o tema de um diálogo virtual de alto nível realizado por Portugal, na quarta-feira, em parceria com a Organização da ONU para Alimentação e Agricultura, FAO.

A agricultura familiar é a forma predominante de produção de alimentos nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, garantindo mais de 80% dos alimentos do mundo em termos de valor.

O objetivo do evento foi a troca de experiências sobre estratégias, programas e políticas nacionais nesta área. Também destacou as oportunidades criadas pela Década da Agricultura Familiar da ONU, que vai de 2019 a 2028, para a transformação dos sistemas alimentares, que é uma das grandes prioridades da presidência portuguesa.

Na reunião, a ministra de Agricultura de Portugal, Maria do Céu Antunes, disse que “agricultura familiar tem um papel fundamental na manutenção e coesão dos territórios rurais através da estruturação do tecido económico e social.”

As pequenas explorações podem desempenhar um papel importante na redução do risco de pobreza rural. Além disso, a Agricultura Familiar constitui uma atividade diversificada e não especializada, sendo muito importante na garantia da segurança alimentar e de mais sustentabilidade.”

Já a diretora-geral adjunta da FAO, Beth Bechdol, frisou que “a FAO se prontifica a trabalhar com a UE para prestar apoio e assistência ao desenvolvimento de políticas e legislação nacionais de apoio à agricultura familiar.”

O diretor do Escritório da FAO em Bruxelas, Rodrigo de Lapuerta, também afirmou que a agência “se orgulha de se associar à iniciativa da UE no esforço global para apoiar a agricultura familiar e promover melhorias significativas nos nossos sistemas alimentares”.

O eurodeputado e membro da Aliança Parlamentar Europeia contra a Fome e a Má-Nutrição, Francisco Guerreiro, também destacou a importância que se tem de dar “cada vez mais à comunidade agrícola e às pessoas que trabalham na agricultura familiar”.

Também participaram no evento o diretor-geral adjunto da Direção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia, Mihail Dumitru, e a diretora-geral da Política de Vizinhança e das Negociações de Alargamento da Comissão Europeia, Michela Matuella, entre outros.

Existem mais de 500 milhões de negócios de agricultura familiar no mundo. Entre os pequenos a médios agricultores estão camponeses, povos indígenas, comunidades tradicionais, pescadores, agricultores de montanha, pastores e muitos outros grupos que representam todas as regiões e biomas do mundo.

A FAO diz que eles administram sistemas agrícolas diversificados e preservam produtos alimentícios tradicionais, contribuindo tanto para uma dieta balanceada quanto para a proteção da agro biodiversidade  mundial.

Estes agricultores estão inseridos em redes territoriais e culturas locais e gastam sua renda principalmente nos mercados locais e regionais, gerando muitos empregos agrícolas e não agrícolas.

Segundo a agência da ONU, todas estas características “significam que os agricultores familiares possuem um potencial único para avançar em direção a sistemas alimentares mais produtivos e sustentáveis se os ambientes políticos os apoiarem nesse caminho.”

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