Nova Gente: Quinoa Portuguesa'

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Recentemente visitei a primeira produção de Quinoa no país. A Quinoa Portuguesa encontra-se em Barcelos e é uma marca nacional que está a trilhar o caminho da produção agrícola em modo biológico.

Considero fundamental apoiar estes projectos por várias razões. Primeiro porque se enquadram na Estratégia Europeia do Prado ao Prato ao promover produção local diminuindo importações de bens alimentares, muitas vezes de países fora da União Europeia. Depois porque responde a uma crescente procura destes produtos, altamente nutritivos, no mercado da restauração e do retalho, criando por arrasto empregos em zonas rurais e fixando população em zonas afectadas pelo despovoamento. Também porque expande a produção em modo biológico o que impacta profunda e positivamente a regeneração dos ecossistemas, indo de encontro à Estratégia Europeia para a Preservação da Biodiversidade, e aumentando globalmente a área de cultivo e produção nacional e Europeia.

Por fim porque demonstra a importância dos apoios municipais, nacionais e Europeus públicos no crescimento de uma nova fileira de produção. Desde as estradas, às infraestruturas, tal como a capacidade de comercializar interna e externamente, incluindo o aceleramento de toda a cadeia produtiva e distributiva, os apoios públicos importam. Esta ideia que os mercados por si só, apenas bebendo do capital e da iniciativa privada, organizam a complexa cadeia de produção, distribuição, consumo e gestão de resíduos é incoerente com a prática no terreno. O segredo está nas sinergias entre o público e o privado.

Somando aos apoios públicos, e de modo mais holístico, será cada vez mais importante conectar estes projectos de agricultura (mais) regenerativa a grupos de investimento sustentáveis pelo que vejo sinergias muito relevantes entre o sector agrícola e, por exemplo, empresas como a Go Parity (que financiam de modo horizontal, por exemplo, projectos de preservação da biodiversidade e de descarbonização da economia).

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