Nova Gente: 'A Amazónia encurralada pelo Bolsonaro e pelos reis do Gado'
Em 2020, muitos de nós ficaram em choque com os incêndios na Bacia Amazónica que levaram à morte de milhões de animais e à destruição de cerca de 8 mil quilómetros quadrados de floresta virgem. Esta destruição foi maioritariamente promovida por fogos postos e ilegais, e representou mais 30% de área ardida do que no ano anterior.
É claro que o actual governo brasileiro tem sido um activo promotor da devastação desta região, leiloando-a a garimpeiros, a produtores de gado e madeireiros, ao mesmo tempo que desinveste em recursos estatais dos órgãos de protecção ambiental e diminui as verbas para o Ministério do Ambiente. Ao mesmo tempo, garante que quem protege a terra e sempre nela viveu, os povos indígenas, são perseguidos, mortos e desprovidos das suas casas e terrenos. Estes que desde sempre souberam viver em harmonia com a Natureza.
Jair Bolsonaro é, actualmente, e considerando também a sua gestão da pandemia, um pária para o povo brasileiro, mas sobretudo para o Mundo.
Mas e se o nosso consumo de produtos, sobretudo de origem animal, subentenda-se picanhas e afins, estiver a acelerar a destruição de um dos pulmões mais importantes do Mundo? É que está. E por isso é que devemos boicotar, no nosso dia-a-dia, o consumo destes bens. Não só porque estão directamente ligados à destruição ilegal da Bacia Amazónica como validam um sistema social e económico que activamente externaliza os seus impactos, fazendo com que estes produtos apenas tenham um rótulo e não uma real origem de como e em que circunstâncias foram produzidos. E porque é que falo neste ponto?
Porque é algo que envolve apenas a nossa decisão diária no acto de comprar. E se não houver procura, certamente, deixará de haver oferta de produtos que destroem este paraíso na Terra.
Disponível aqui
Nova Gente: ' Revisão das normas de transporte de animais na UE'.
Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2023
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