Nova Gente: 'Soberania Energética Verde!'
A invasão da Ucrânia veio demonstrar a fragilidade do sistema de produção, distribuição e consumo de energia. Sobretudo no que concerne a energia criada a partir de combustíveis fósseis, seja petróleo ou gás. Neste campo foram promovidas várias parcerias “estratégicas” com regimes pouco (ou nada) democráticos nomeadamente com a Federação Russa. Essa dependência é (sempre foi) uma faca de dois gumes. Por um lado, financiamos a máquina de guerra russa, por outro, se cortarmos a importação destes bens (minerais incluídos), ficamos numa situação de extrema vulnerabilidade social e económica.
Mas não contem comigo para promover o meio-termo, enquanto os ucranianos defendem a sua nação com a própria vida. Se bem que Portugal não é directamente afectado, pois o país não importa substancialmente produtos petrolíferos e gasíferos da Rússia, a União Europeia, nomeadamente os países nórdicos, são altamente vulneráveis e dependentes destas importações. E, no geral, é impossível negar que todos seremos fortemente afectados por mais esta crise (aumento geral do preço de bens e de serviços).
Precisamos de travar estas importações e apostar nos renováveis. Necessitamos de integrar o mercado ibérico no mercado europeu de energia, através de interconecções entre a Espanha e França. Mas é insuficiente, pois não devemos ser apenas o porto de entrada (em Sines) de gás de outros países, ou exportadores de energia.
A prioridade deve ser descentralizar. Ou seja, que todas as casas, edifícios e empresas produzam a sua energia verde, garantindo, assim, mais comunidades descentralizadas energéticas. É também fundamental garantirmos que mudamos de paradigma no consumo, aumentando a eficiência energética, sobretudo nas habitações, e diminuindo o consumo individual e colectivo. Esta ideia de crescimento contínuo de consumo é incomportável com a urgente transição energética, mas sobretudo é contrária à luta de fundo contra os impactos das alterações climáticas.
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Domingo, 25 de Fevereiro de 2024
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