Pergunta à Comissão: Estratégia «do prado ao prato» e alimentação à base de plantas
Veja aqui a pergunta do Francisco Guerreiro à Comissão Europeia e respetiva resposta sobre a estratégia «do prado ao prato» e alimentação à base de plantas.
Assunto: Estratégia «do prado ao prato» e alimentação à base de plantas
O Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas da ONU publicou um relatório que analisou o impacto que as práticas de uso do solo tiveram no planeta e concluiu que a agricultura estava a ameaçar a capacidade do mundo de limitar o aumento da temperatura mundial a 1,5 ° C – o objetivo do Acordo de Paris de 2015 sobre as alterações climáticas.
O relatório concluiu que os regimes alimentares à base de plantas [e os alimentos de origem animal produzidos de forma sustentável] representam grandes oportunidades de adaptação e atenuação, gerando simultaneamente benefícios conexos significativos em termos de saúde humana.
1. Na estratégia «do prado ao prato» irá a Comissão abordar os regimes alimentares à base de plantas e fazê-lo diretamente, evitando termos pouco claros – como «regimes alimentares mais sustentáveis» ou «fontes de proteínas alternativas» – que dificultam o reconhecimento do setor, discriminam e confundem os consumidores e apenas contribuem para continuar a capacitar injustificadamente as indústrias alimentares de origem animal altamente poluentes?
2. Tendo em conta o impacto ambiental significativamente reduzido dos alimentos à base de plantas em comparação com os de origem animal e o aumento da procura por parte dos consumidores, irá a Comissão ter em atenção as conclusões da comunidade científica, apelando expressamente a uma redução do consumo de carne?
3. Na estratégia «do prado ao prato» irá a Comissão apresentar uma ação com vista a incentivar a transição dos agricultores para a produção de proteínas vegetais? E irá apoiar a promoção e comercialização de alimentos à base de plantas na UE?
Resposta escrita
Embora as escolhas alimentares sejam uma questão pessoal, é importante informar os consumidores sobre estilos de vida e escolhas alimentares saudáveis e sustentáveis, bem como incentivar os produtores a adotarem práticas sustentáveis, incluindo no que respeita à produção pecuária.
As proteínas vegetais cultivadas na UE também desempenham um papel importante, oferecendo benefícios para a saúde, para o clima e para o ambiente. O relatório da Comissão sobre o desenvolvimento das proteínas vegetais na União Europeia(1), de novembro de 2018, identifica um grande potencial de crescimento e apresenta um conjunto de recomendações para desbloquear esse potencial.
A futura estratégia da Comissão dita «do prado ao prato» virá dar resposta aos importantes desafios ambientais, económicos, sanitários e sociais que os sistemas alimentares da UE enfrentam atualmente. Melhorar a sustentabilidade da produção primária, incluindo a pecuária, bem como promover uma transição para regimes alimentares saudáveis e sustentáveis, serão objetivos importantes da estratégia.
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