Intergrupo pelos animais: Debate sobre bem-estar animal na aqualcultura

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Estrasburgo, 21 de outubro de 2021 - O eurodeputado Francisco Guerreiro, dos Verdes/ALE, participou e interveio no Intergrupo pelos animais do Parlamento Europeu com o tema: O sofrimento dos peixes durante o transporte e abate na União Europeia. Para além da Comissão Europeia (CE) intervieram como oradores, Luca Melotti, da Essere Animali, e Elena Lara Research Manager on Fish, na Compassion in World Farming. 

Francisco Guerreiro questionou a CE, pela Lorella de la Cruz Iglesias Deputy Head of Unit - Blue Economy Sectors, Aquaculture and Maritime Spatial Planning (DG MARE.A.2), se a intensividade da produção em aquacultura é compatível com a recente aprovada Estratégia do Prado ao Prado (F2F) no Parlamento Europeu que indica que devemos caminhar para modos mais extensivos de produção mas também para reduzir o consumo de proteína animal. 

A representante da CE alertou que ambos podem e devem ser coincidentes visto que precisamos de reforçar a soberania alimentar mas sobretudo aumentar as garantias de bem estar animal em toda a cadeia de produção.

Seguidamente foi questionado se havia preocupações com a resistência macrobiana no sector da aquacultura e na revisão da legislação em torno do bem-estar animal que está actualmente a ser realizada pela Comissão Europeia. 

Foi partilhado que era uma preocupação da CE e que estavam alinhados com os objectivos da F2F de diminuir o uso de antibióticos na produção animal. 

Por fim foi inquirido se a CE pensa em banir a produção intensiva de cela cefalópodes (e.g. polvos) visto serem seres hiper sensíveis, sencientes, carnívoros e solitários, o que infere uma total incoerência em produzir intensa e industrialmente estes seres. Foi recordado que invertebrados não estão contemplados no Regulamento (EC) No 1/2005 sobre a protecção de animais durante o transporte e operações relacionadas. 

A Comissão reforçou que não tem nenhuma posição definida mas que está comprometida com a garantia das melhores condições de produção e abate em todas as espécies. 

Foi rebatido que perante as evidências científicas neste campo demonstram que apenas a descontinuidade deste tipo de produção intensiva é moral e válida. 

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