Apoio temporário excecional ao abrigo do FEADER em resposta ao impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia
A recente inflação traduz-se num aumento de custos dos insumos agrícolas - o que causa pressão financeira sobre muitos agricultores(as), sendo que muitas vezes nem os preços altos dos alimentos os(as) pode compensar totalmente. Agora, no último ano da atual PAC, a Comissão propõe redirecionar os restantes fundos do 2º pilar do período de transição 2021-2022, desviando-o do foco nas medidas de desenvolvimento rural e para permitir o apoio à liquidez na forma de um pagamento fixo, seguindo uma lógica semelhante aos pagamentos diretos, para apoiar os agricultores que lidam com custos inflacionados. O montante total seria limitado a um teto máximo de 5% das despesas do FEADER 2021-2022.
Votei contra este apoio. Os agricultores precisam de soluções de longo prazo para reduzir as suas necessidades regulares de insumos, principalmente no que diz respeito a fertilizantes e rações, em vez de uma simples compensação, que pode servir simplesmente para pagar os seus altos custos baseados no uso de combustíveis fósseis. O facto de a Comissão estar novamente a usar o 2º pilar da PAC para amenizar tempos de crise está a tornar-se um padrão preocupante, priorizando a lógica do pagamento direto com fraca condicionalidade associada.
Criação do Mecanismo para a Ucrânia
Segunda-feira, 16 de Outubro de 2023
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